Desterro
Na sábia dor da queda ao triste inferno
Reclamavas do que criatura lúgubre
Sobre um véu escuro vil e insalubre
Causando a consternação deste interno.
Enquanto os imortais na afluência secreta
Do flagelo do encanto, executor morrendo.
Pesar extremo colhe no desterro horrendo
Na agonia da mão que sangra e decreta.
Vendo a curvatura dos mortos passados
Nas entranhas do abismo aniquilado
Sob as terras da saudade no cemitério.
Verme que os devora na cova ao lado
No penar deste operário e seu mistério
Ouve na noite infernal o bramir sem critério.
DR DMITRI