BANCO DE PRAÇA
Em um banco de praça, solitário,
Um velho homem olha o movimento.
Vê crianças num mundo imaginário,
Enquanto o seu tem tanto sofrimento.
Alegra-se o homem por um instante
E esquece a dor que lhe atormenta o peito;
Batidas fracas, coração pulsante,
Por um breve instante se faz eleito.
Última alegria, pouca esperança;
O tempo passou, já não há mais graça.
A não ser aquela de ver criança!
O tempo passou porque tudo passa;
E, dele, ficou apenas lembrança
Num velho tão só, num Banco de Praça.
(EDUARDO MARQUES 06/07/16)