BANCO DE PRAÇA

Em um banco de praça, solitário,

Um velho homem olha o movimento.

Vê crianças num mundo imaginário,

Enquanto o seu tem tanto sofrimento.

Alegra-se o homem por um instante

E esquece a dor que lhe atormenta o peito;

Batidas fracas, coração pulsante,

Por um breve instante se faz eleito.

Última alegria, pouca esperança;

O tempo passou, já não há mais graça.

A não ser aquela de ver criança!

O tempo passou porque tudo passa;

E, dele, ficou apenas lembrança

Num velho tão só, num Banco de Praça.

(EDUARDO MARQUES 06/07/16)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 06/07/2016
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