SENTENÇA
Em borbotões fétidos pronuncias
A sentença infame da esquivança;
Pois, da claudicância que vivencias,
Outra não se tem com leal pujança.
Sob as tumbas deitam-se as esperanças,
Na ignóbil fala em que principias
O terrível ofício das ordenanças
Com o decreto hostil que não renuncias.
A cruel desgraça do pergaminho
Deleteriamente me sacrifica
Nessa ‘Via-Crucis’ que vou sozinho.
Sob o horrendo grito de: Crucifica!
Verterei meu sangue pelo caminho
E não mais serei o que justifica.
(EDUARDO MARQUES 10/05/15)