SENTENÇA

Em borbotões fétidos pronuncias

A sentença infame da esquivança;

Pois, da claudicância que vivencias,

Outra não se tem com leal pujança.

Sob as tumbas deitam-se as esperanças,

Na ignóbil fala em que principias

O terrível ofício das ordenanças

Com o decreto hostil que não renuncias.

A cruel desgraça do pergaminho

Deleteriamente me sacrifica

Nessa ‘Via-Crucis’ que vou sozinho.

Sob o horrendo grito de: Crucifica!

Verterei meu sangue pelo caminho

E não mais serei o que justifica.

(EDUARDO MARQUES 10/05/15)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 07/07/2016
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