Féretro Sinistro
Na dor do segredo sobre a cova inteira
No passo a passo do séqüito feral
Caminhando na direção da morte ligeira
Num vulto que agita o jazigo sepulcral.
No cortejo até o Estige ao cruzar o inferno
O morto maldito nas anátemas sombrias
Feminae enxugam as lágrimas tardias
Choro e ranger de dentes do triste interno.
O vento acorda o moribundo condenado
Na noite eterna do castigo tão eivado
Agora no Caronte o ímpio soluça no pranto.
No ar desse inferno das Fúrias vis o espanto
Noites em tormento aqui flutua o recanto
O carrasco mudo e cúmplice amaldiçoado.
DR DMITRI