Féretro Sinistro

Na dor do segredo sobre a cova inteira

No passo a passo do séqüito feral

Caminhando na direção da morte ligeira

Num vulto que agita o jazigo sepulcral.

No cortejo até o Estige ao cruzar o inferno

O morto maldito nas anátemas sombrias

Feminae enxugam as lágrimas tardias

Choro e ranger de dentes do triste interno.

O vento acorda o moribundo condenado

Na noite eterna do castigo tão eivado

Agora no Caronte o ímpio soluça no pranto.

No ar desse inferno das Fúrias vis o espanto

Noites em tormento aqui flutua o recanto

O carrasco mudo e cúmplice amaldiçoado.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 18/07/2007
Reeditado em 18/07/2007
Código do texto: T569589