Linda por ser selvagem

É da natureza dela a selvageria,

Um grau de magia, fereza que lhe mora,

Embora a leveza lhe torne poesia,

Entorna sutileza, então a faz senhora.

Senhora das suas horas e seus filhos,

Estribilho que se decora da canção,

Uma emoção que chora e que ora em seus trilhos,

Brilho afora que demora no coração.

Senhora que adora, mas ignora a tristeza,

Adorna a mesa, ora vaga, agora beleza,

E na esperteza da hora apavora a dor.

Senhora que cora sem demora ante o amor,

Com calor age namora e devora a presa,

Linda senhora, simples, selvagem e acesa.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 12/07/2016
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