Decrepitude Moral

Tenho saudades de meus amores de outrora

De quando acreditava em felicidade, honradez

Quando por besteira, o rubor surgia por timidez

Em minha face ao tocar a musa que me namora

Hoje essas virtudes em mim não mais aflora

Deturpei-me, aprecio por demasiado a nudez

Meu objeto de desejo possuo com ânsia, avidez

O prazer da conquista, já não mais me acalora

Amiga é a noite, há mulheres de todas as matizes

Errante vago em ruas sujas, imundas, horrorosas

Convivo com ébrios, facínoras e tristes meretrizes

Restam lembranças vãs das raparigas dengosas

Que representavam amores como hábeis atrizes

Fazendo-se de ingênuas, meras virgens vaporosas

14/07/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 14/07/2016
Reeditado em 15/07/2016
Código do texto: T5697993
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