Instantes, ventos e árvores!
Tal só importasse o tempo, no sentimento
Que abrange e apalpa o lapso de incerteza,
Para suprimir e desmascarar a estranheza
Contida, pulsante, no espírito deste alento!
Tal só restasse o passo discreto do minuto
Que vai expelindo razões, retraindo vozes,
Tumultuando o quintal de árvores velozes
Presas ao chão na velocidade do ar absoluto!
Nos ares do mundo, na esperança projetada,
No palco das heranças feudais, aonde abrasa
A alma controlada na indignação do saber...
Tal só seguisse a solidão amparada e abastada
Constantemente agredida que extravasa
Desesperançada dum ponto referencial de poder!