Minha Musa
Eras para mim uma deusa, ninfa, bela musa
Mas, tudo no mundo caminha para a nulidade
E de seu doce sorriso sinto apenas a saudade
Seu olhar e madeixas são como ás de Medusa
Sua beleza era estonteante, mágica, profusa
Em cárcere cruel me encerraste por maldade
Como vil Górgona petrificaste-me por vaidade
E minha sanidade dilaceraste, tornou-a difusa
É sabido que tudo passa, o tempo a tudo destrói
Desde amores tórridos a majestosas edificações
Invisível, incansável, insensível a tudo ele corrói
Então, sento e luto em vão com vãs elucubrações
Tento montar meu bastião, ser paladino, um herói
E vejo-me envolto em poesias, sonetos, canções
27/07/2016