SONETO POR ENTRE AS FOLHAS

Em cada folha, brilho este estampado,
quem vê daqui de fora, de repente,
perde-se o tempo enquanto nelas sente
o bailar das luzinhas acordado.

E se por ora, o vento potentado
nesta árvore, um pintor, subitamente,
comece a desenhá-la com a mente,
quando ele faz enorme balançado.

Pode ser que ali está seu paraíso
e sua arte permite copiá-la
e num quadro perene é-me preciso

passar o que cá dentro não é siso,
mas algo todo e inscrito p'ra encantá-la,
que nada me será sem seu sorriso.