Minha Quimera
Ah! desejo nesta vida alcançar o Nirvana, a plenitude
Mas a natureza humana é vil, mesmo no mais simplista
Mesmo o terno, sereno, humilde em seu seio é egoísta
Envaidece com elogios, honrarias, títulos e solicitude
Possível fosse fugir desta cruel sina, com firme atitude
E tornar-me livre, pleno, completo como um Panteísta
Que sente-se parte das Deidades, o inverso do ateísta
E apreciar a vida esta dádiva em toda a sua magnitude
A sapiência faltou-me em minha vã e sucinta jovialidade
Havia em mim resquícios de torpeza, ideias soturnas
E a mesma não apoderou-me mesmo na minha senilidade
Vago lúgubre, e meu divagar é lento, quedo e taciturnas
Não busco mais a excelência, o ápice, a genialidade
Noctívago, observo e aprecio as rudes figuras noturnas
30/07/2016