Cova Baixa

Esta lápide que vemos levantada

Sobre esta cova do morto obscuro

Guarda uma lira de pesar escuro

Caixão do desespero na cova deitada.

Desce ao sal do inferno a Granada

Erigido em terra do perene mau juro

No cascalho maldito de seixo duro

A tua alma geme por toda a retirada.

Áspero óbito do defunto arcano

Na música fúnebre da maldade

Na pupila dos olhos de puro jade.

Derme maligna no tormento profano

Quimera no inverno do ocaso insano

Dorme sem esquecer o mal que invade.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 20/07/2007
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T572897
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