Cova Baixa
Esta lápide que vemos levantada
Sobre esta cova do morto obscuro
Guarda uma lira de pesar escuro
Caixão do desespero na cova deitada.
Desce ao sal do inferno a Granada
Erigido em terra do perene mau juro
No cascalho maldito de seixo duro
A tua alma geme por toda a retirada.
Áspero óbito do defunto arcano
Na música fúnebre da maldade
Na pupila dos olhos de puro jade.
Derme maligna no tormento profano
Quimera no inverno do ocaso insano
Dorme sem esquecer o mal que invade.
DR DMITRI