Paz de Espírito

Gosto do cheiro do mato, da relva, da zona campestre

Na noite escura, sem nuvens, observar o firmamento

Ficar quieto á luz do luar, terno, plácido, sem lamento

Esse é o meu Nirvana, preferido passatempo terrestre

Á noite o barulho das águas tem a essência silvestre

Os animais noctívagos, cada um tem seu encantamento

Uns saem no crepúsculo, outros aguardam o momento

Algo toca minha alma, faz-me sentir um homem ilustre

Sinto que faço parte do nada, do tudo, como um Panteísta

O sentimento aflora, torno um mero e insignificante poeta

Envolto em antigos credos, dogmas, feito um ser Deísta

Sou metódico, observo a tudo quedo, calmo, feito um asceta

Não tenho nenhum desejo, sórdido, extravagante, egoísta

Impávido vejo o fluir, o terno e eterno mover da ampulheta

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 25/08/2016
Código do texto: T5740086
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