Paz de Espírito
Gosto do cheiro do mato, da relva, da zona campestre
Na noite escura, sem nuvens, observar o firmamento
Ficar quieto á luz do luar, terno, plácido, sem lamento
Esse é o meu Nirvana, preferido passatempo terrestre
Á noite o barulho das águas tem a essência silvestre
Os animais noctívagos, cada um tem seu encantamento
Uns saem no crepúsculo, outros aguardam o momento
Algo toca minha alma, faz-me sentir um homem ilustre
Sinto que faço parte do nada, do tudo, como um Panteísta
O sentimento aflora, torno um mero e insignificante poeta
Envolto em antigos credos, dogmas, feito um ser Deísta
Sou metódico, observo a tudo quedo, calmo, feito um asceta
Não tenho nenhum desejo, sórdido, extravagante, egoísta
Impávido vejo o fluir, o terno e eterno mover da ampulheta