SONETO VELOZ

Da varanda vi a meninada jogando bola

No vizinho a moda de viola ia distante

Tornando o meu pensamento pensante

Que a vida é levada numa veloz padiola

Ao sentir que o tempo na hora é dante

E um ilusionista estradeiro e sem sola

E que não nos espera em sua charola

Me vi diante duma saudade palpitante

Lembrei o primeiro amor, a juventude

As fotos amareladas, agora no ataúde

Dum passado, tão forasteiro de heróis

Fiquei com a recordação ali amiúde

Com os argumentos tão sem atitude

E que tanta coisa ficou para depois...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

setembro de 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/09/2016
Reeditado em 06/11/2019
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