TRAVO
 
Percebo em sua poesia um travo
Um amargor, uma tristeza imensa.
Como a da rosa que perdeu o cravo,
Intensa dor que em versos se condensa...
 
Não sei se é assim que você pensa
Mas, me parece que está sempre escravo
De uma lembrança dolorosa, extensa
Que vai na alma e que lhe causa entravo...
 
Tem tudo para ser feliz agora!
Mas sinto, ainda, que o seu ser deplora
Algo que quis e a vida não lhe deu....
 
Talvez tenha chegado muito tarde
A este coração que já não arde...
Que por decepção quase morreu....
 
05/09/2016
Ângela Faria de Paula Lima