Ser mínimo
O ser humano descobre que não é nada,
Quando, passando apressado pela rua
Vê um corpo como um pedaço de carne crua
E não se espanta com o sangue na calçada.
Ele percebe que é extremamente pequeno
Quando pedem um abraço, um aceno
E não consegue sequer dar atenção,
Nem notar um amigo ou um irmão.
Fugindo de todas as pessoas,
O homem sem lembranças boas
Volta correndo para o seu ninho.
Amanhã será outra batalha.
Enfrentar essa vida paspalha
E continuar caminhando sozinho!