Ser mínimo

O ser humano descobre que não é nada,

Quando, passando apressado pela rua

Vê um corpo como um pedaço de carne crua

E não se espanta com o sangue na calçada.

Ele percebe que é extremamente pequeno

Quando pedem um abraço, um aceno

E não consegue sequer dar atenção,

Nem notar um amigo ou um irmão.

Fugindo de todas as pessoas,

O homem sem lembranças boas

Volta correndo para o seu ninho.

Amanhã será outra batalha.

Enfrentar essa vida paspalha

E continuar caminhando sozinho!

Marcelo Pompom
Enviado por Marcelo Pompom em 09/09/2016
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