O final

Perdi o vigor físico, o viço da juventude

Meu andar é lento, doloroso, apático

Ignorado, vexado permaneço estático

Até mesmo os entes negam solicitude

Ah! como gostaria de voltar a plenitude

Tento fugir mas, sou animal organotático

O tempo é cruel, cobra-nos, é portático

Não há acalantos, alegrias na senectude

Restou-me risos irônicos e falsos elogios

A vil solidão é da morte cruel mensageira

Na lápide citarão vários e belos necrológios

Estou roto, a vida é uma dádiva passageira

Partirei, ouço os últimos badalar dos relógios

Talvez, alguém sinta uma saudade fugaz, ligeira

15/09/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 15/09/2016
Código do texto: T5762206
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