Vis versos

Medo há em seu olhar tímido, calcado

Quero o vil martírio, adoro ás sevícias

Não importa se peça míseras carícias

Tampouco, se cometeu algum pecado

Se foi ele um facínora ou divino intocado

Torturarei-o com toda ás minhas perícias

Seu tormento dar-me-á muitas delícias

Por fim, o verei roto, decepado, derrocado

O sangue o visgo da vida me domina, atiça

Talvez, por isso, surre tanto meus opositores

Para ver o licor vermelho escorrer na cortiça

Faço e não arrependo, não causa-me dores

É para mim, ato de nobre grandeza e justiça

Quando o madeiro assola meus contendores

22/09/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 22/09/2016
Código do texto: T5769413
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