TRISTEZAS MODESTAS.

A ponte divide o sol as águas viram espelho,

Assim foi o arrebol lá hoje em Pereira Barreto,

Num domingo emblemático mais um dia seco,

No interior de São Paulo a primavera vermelha.

Com baixas temperaturas mais um dia se esvai,

Nós somos todas criaturas designados pelo pai,

Que criou este universo e corrige suas falhas,

Mas enquanto nada muda somos penalizados.

Diante de tanta beleza há momentos incríveis,

Contrastes da natureza nos fazem até felizes,

Mas a vida vulnerável nos propicia cicatrizes.

Dentro do espelho d água tem fagulha de floresta,

Os pássaros fazem ninhos cantarolando em festa,

E todas as nossas mágoas viram tristezas modestas.

LUSO POEMAS, 25/09/16