A CARESTIA

A carestia outrora d’aqueles dias

Era a mesma de hoje no mundão

Assombra a gente, teme a emoção

Até mesmo no centro da eucaristia.

O sacramento... Todavia se safra

Passa tempo, mas não os seus dias

Esperança de pobre se ensaca

Aos olhos do poder... É cortesia.

O século vinte e um, chegou a trote

Voando a motor na popa de bote

Espalhando contraventor e rebeldia.

Já não se vê mais, touros nem garrote

Até fortes e muralhas dão seu pinote

Nessa vida de descarte... Quem diria!

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 27/10/2016
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