- Retrato!

Embalado nos sonhos da saudade estou recordando um amor!

Simples sereno e avassalador, chegou devagar e fincou pé!

Caricias e desejos satisfeitos e tudo na maior alegria e doçura.

Nem tudo era mar de rosas, ela tinha, assim como eu, defeitos!

Perguntando, quem não os tem? Faz parte do viver. Coisas normais.

Sustentado nesses pensamentos recorda-me as advertências simples,

Não beba muitas cervejas, nada de cigarros e caminhar é a vida!

Nada disso era uma determinação, apenas apelos de desejos de vida.

Ela ria e promessa fazia, mas no escurinho cigarros tragados rápido.

Escondendo de quem, o cheiro fica no corpo, na boca e na roupa.

As coisas estavam piorando, mentiu uma vez se torna um mentiroso.

Pedia e apelava e nada adiantava, veio à doença, e cabisbaixo fiquei.

Tantos apelos e questionamentos, por que não coloquei mãos de ferro?

Hoje carente e solitário só resta-me um contentamento, seu “retrato”!

Afrânio Peixoto Filho
Enviado por Afrânio Peixoto Filho em 28/10/2016
Reeditado em 02/11/2016
Código do texto: T5806106
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