A SOMBRA

Uma sombra que sempre assombra

treme no meio de uma noite escura

será um ser, que na ótica assombra

ou, uma frágil sombra da figura?

A sombra assombrou quatro ventos

e assoprou com dever de espantar

assombrando assim os sentimentos

que debandou pra cá, do lado de lá.

Sombra, que vez d’amor, tem medo

encima-me assombrar as sombras

e espantar os meus tenros segredos.

Não me deixe assim sob assombros

tremendo-me as mãos, todas bambas

e levando-me, aos trancos e tombos.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 31/10/2016
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