Fator Existência

Finda a tarde incessante em minha mesa

E parece não findar minha vã tristeza

Entre escombros, as penumbras lembranças

Daquela que se fez vicio, foi realeza...

Cessa o calor do abraço, vem a gélida tormenta

Renasce o murmuro do poeta, que o acalenta

Num final sem magia, padecem as esperanças

A cicatriz se apaga, o forte elo se arrebenta...

Não quero uma lembrança de cruel conseqüência...

Quero um lapso momento de conflagração

Quero provar o nobre sabor da doce inocência...

Não quero uma magoa de agonia ou eloqüência

Quero um imediato motivo de revolução

Quero brindar a simplicidade do fator... EXISTENCIA

Fábio Júnior Hennika
Enviado por Fábio Júnior Hennika em 27/07/2007
Código do texto: T582012