Voz do vento
Edir Pina de Barros
É noite! A voz do vento que murmura
teu nome, diz, também, que em mim persiste
alguma coisa tua, vaga e triste,
a réstia de um sorriso, alguma jura.
O vento vai e vem na noite escura,
e corta o tempo com navalha em riste,
invade-me, sem dó, e grita, insiste
trazer à tona as horas de ternura.
E vai e vem, murmura, ri, farfalha
as folhas das lembranças e a mortalha,
que veste o grande amor que se desfez.
Ó, vento! Quanta dor, saudade sinto
das horas de prazer, do vinho tinto,
dos lábios que beijaram minha tez.
Brasília, 11 de Novembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 42
Edir Pina de Barros
É noite! A voz do vento que murmura
teu nome, diz, também, que em mim persiste
alguma coisa tua, vaga e triste,
a réstia de um sorriso, alguma jura.
O vento vai e vem na noite escura,
e corta o tempo com navalha em riste,
invade-me, sem dó, e grita, insiste
trazer à tona as horas de ternura.
E vai e vem, murmura, ri, farfalha
as folhas das lembranças e a mortalha,
que veste o grande amor que se desfez.
Ó, vento! Quanta dor, saudade sinto
das horas de prazer, do vinho tinto,
dos lábios que beijaram minha tez.
Brasília, 11 de Novembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 42