Nos somos egoístas de nascença

Nos somos egoístas de nascença

Com a alma em fragmentos, fria, pasma

Andejando na multidão igual fantasma

Na aglutinação da indiferença

E nesse turbilhão que nos condensa

Na efemeridade do ectoplasma

Ah essa multidão me causa asma

Retido só ao calor de minha presença

Oh almas que vagueiam pelos ares

Que se convergem nulas aos milhares

Deste vazio que o ego lhe cobriu

Ah essas almas vão se desfazendo

E o corpo em apatia esmorecendo

Como se um dia nunca existiu

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 12/11/2016
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