Eu que já não hábito essa esfera

Eu que já não hábito essa esfera

E me transporto em mundos desolados

E me transmuto em espírito descarnado

Já não suporto a luz dessa atmosfera

Na vala, nos sepulcros assombrados

É lá onde minha paz me espera

Pois tal caixão esta carne encerra

Meu corpo frio, morto, já velado

Mas quando chegar o meu ultimo dia

E não ouvir cantar a cotovia

E ver o sol nas trevas se esconder

Verei morrer também meu desencanto

Esta minha vida tão mesclada ao pranto

Me fez querer a obscuridade de NÃO SER

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 20/11/2016
Reeditado em 21/11/2016
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