Entregue ao Mar
Sentada na areia e contemplando
A beleza de cada movimento
Das feridas o mar é o unguento
E as dores vão se dissipando.
Nada incomoda se eu estou olhando
Tuas espumas sem comedimento
Meu cabelo desfeito pelo vento
A árida tristeza vai se retirando.
As cores todas voltam a aparecer
Na aquarela que o céu tingiu
Vivas e belas embelezando tudo
Não há palavra e nunca existiu
Diante disso a gente fica mudo
Entregue a ele quer permanecer.