EU, SEM MÁGOAS - Poesia nº 31 do meu quarto livro "ECLIPSE"

De anos cerzidos nesta pele minha,

De fato, fui o escárnio deste artista

A debruçar neurônios linha a linha,

Pra exibir toda a fraude da conquista!

Pelos meus sonhos sou fotografado

Nas noites que produzo o eu final,

Também nos seres que sou emprestado,

Vagando por ruas, de anjo e marginal!

Mesmo sem querer, morrerei sofrido?

São poucos que virão para aplaudir-me?

É melhor ser feliz sem mais sentido...,

...Do que mal viver no tempo, a urdir-me...

Vejam! Sou a obra do mestre querido

Que eu mesmo leio, sem confundir-me!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 06/03/2017
Código do texto: T5932855
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