Caso perdido, amor sem esperança

Caso perdido, amor sem esperança

Que tem no desalento o seu consorte

Cativo dos grilhões da sorte

Amargando das paixões alta cobrança

E não há nenhuma sombra que conforte

Na indiferença, a ríspida esquivança

Pois esse mal perdura na lembrança

E excede com engenho a própria morte

E assim seguimos na chama insana

Pondo a confiança imersa em lava

Fadário da natureza escrava

Enraizado na essência humana

E o insensato busca flores na lama

E ama o jugo de sua própria aldrava

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 06/03/2017
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