Este meu rosto...
Este rosto, já viveu e morreu por amor.
Subia tantas escadas para entregar
um botão de rosa para ela.
Que tempo é este que me envelhece
dia após dia?
Amo sem dar conta das minhas rugas;
dos olhos que pouco me mostram,
da manhã febril.
Eu redijo, mas, é o corpo quem
entende o arredio da grafia.
Pensamentos marcham até encontrar
uma face semelhante a tua.
O paladar amarga.
O coração fraqueja.
Este rosto que vejo no espelho,
estremecido, abatido, é marcado
por um traço teu, um movimento labial.
Acho, que eu morro diariamente de amor, como um poeta.