Este meu rosto...

Este rosto, já viveu e morreu por amor.

Subia tantas escadas para entregar

um botão de rosa para ela.

Que tempo é este que me envelhece

dia após dia?

Amo sem dar conta das minhas rugas;

dos olhos que pouco me mostram,

da manhã febril.

Eu redijo, mas, é o corpo quem

entende o arredio da grafia.

Pensamentos marcham até encontrar

uma face semelhante a tua.

O paladar amarga.

O coração fraqueja.

Este rosto que vejo no espelho,

estremecido, abatido, é marcado

por um traço teu, um movimento labial.

Acho, que eu morro diariamente de amor, como um poeta.

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 17/03/2017
Código do texto: T5944229
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