NA MANSIDÃO DESTE MAR.

Na mansidão deste mar deposito meus desejos,

Fico a sonhar com teus beijos para me regenerar,

Se muitas vezes eu fraquejo é para te conquistar,

Volto atrás no que falei sem mudar meus ensejos.

O meu barco é de papel mas tem um norte definido,

Será ganhar o teu coração participar do teu sentido,

Irmos rumo à mesma mão sem demanda reprimida,

Abastecendo aos corações nas alegrias desta vida.

No sol do amanhecer na Lua que refresca a noite,

Eu olho e só vejo você e disto faço o meu conforto,

Na cinza a buscar acerto dum pau que nascera torto.

Quero anoitecer na vida amanhecer na eternidade,

Cantarolando as cantigas que nos remete a saudades,

Das nossas coisas vividas nesta vida sem castidades.

PUBLICADO NO FACE 26/03/17

LUSO POEMAS, 09/04/17