NOS DIAS FRIOS DO OUTONO.
Nos dias frios do outono sinto a aura do inverno
Me bate sempre mais sono a idade é passarela,
Para procura dum aconchego sinto a falta dela,
A mulher com quem sonhei não a encontrei a bela.
Usando o calor do fogo aqueço ao meu coração,
Quando não se tem cavalo se anda a pé então,
Com tanto que a jornada se cumpra sem retenção,
E nada seja desfeito na sentença da pretensão.
Daqui a pouco serei poeira lembrança lá do sertão,
Em cada roda moinhos gerarei as contradições,
Alguns me verão inteiro e outros terão só visões.
Entre o solo e o infinito estarei em qualquer ponto,
Não serei o satanás e nem alcançarei ser santo,
Serei contra discórdias, enxugarei muitos prantos.
PUBLICADO NO FACE EM 16/05/17
LUSO POEMAS 16/05/17