Cheiro de cerrado

Quando a alvorada chegou, eu fui a janela

Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava

Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava

E estaquei, vendo-a esplendorosa e bela

Era o cerrado, era a diversidade em fava

Céu róseo um mimo! A arder como vela

De pureza singela tal qual uma donzela

Que hipnotizava a alma, eu, observava

Então me perdi no perfume que exalava

O olhar velava com pasmo e com tutela

Aí, hauri toda a essência que fulgurava

E agora, fugaz, lembrando ainda dela

Sinto o cheiro, que na memória trava

Da alvorada do cerrado vista da janela.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 10/06/2017
Reeditado em 14/06/2017
Código do texto: T6023793
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.