PERFAZER

Do vinho eu trago um cheio trago...

Uma taça e meia telha outra cheia

saudades me permeia... E nesse

cabo, eu me afago... E me acabo.

Do milho um sopro, gosto verde...

Quando assado, cozido cural

pamonha, paixão em meu varal...

Uma vontade, me enche a sede.

Uma sede na cede que me cerca

em seu emaranhado arredondado

nos seus lados e bicos, eu me acabo.

Dou- me, com essa dança de lado

bailarino em notas, passos errado

eu me acabo, no passado desse fado.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 14/06/2017
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