Soneto de resiliência

Eu andava sombrio, nem morto, nem vivo

Melancólico, taciturno, atrelado ao desalento

Perambulando a esmo atrás de um motivo

Que me trouxesse outra vez contentamento.

O suplício inenarrável, inconsequente

Do meu descontentamento demasiado

Era a torpe causa, amiúde, indecente

Do meu pobre espírito atribulado.

Não aceitei a derrota como última sentença

Voltei a enxergar a ternura da vida

Passeei de mãos dadas com a resiliência.

E assim minha esperança retornou triunfante,

Em plena desenvoltura, renascida como fênix:

E eu que achava que sofreria para sempre...

Heverton Ferreira
Enviado por Heverton Ferreira em 20/06/2017
Reeditado em 25/06/2018
Código do texto: T6032094
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