Madrugada insone...

Soneto inspirado no soneto TUDO NOS CONFORMES

de autoria do poeta fcunha lima.

Madrugada insone...

Madrugada...não há sons, tudo dorme,

o silêncio ao redor, brinca comigo,

atormenta, como se fosse castigo

essa tristeza, essa solidão enorme...

Madrugada...a insonia me abala,

hoje, nem para saudar, surgiu a lua,

não há vestígios, ninguém pela rua

até o vento de repente, se cala...

Nessa madrugada fria que não finda,

angústia tamanha que nada blinda,

pensar que a tristura não vai passar...

A melancolia minha alma envolve,

será meu Deus, que nada resolve

para trazer o sono e nele serenar...

(ania)

Obrigada poeta Fernando por mais uma linda e envolvente interação!!!

DESAFIO NO FRIO DA MADRUGA

Agora te encontro na madruga,

No frio que nos une à madrugada,

Encontro, onde o amor pede morada,

Enquanto o nosso beijo o lenço enxuga.

Perplexo, no meu rosto vem a ruga,

Por encontrar na noite a minha amada,

Uma poeta como namorada,

Que sempre quis partir como uma fuga.

O nosso encontro quase ao fim da noite,

Promove em nosso peito grande açoite,

Aumentando nossa pressa de desejo.

Ao te encontrar renovo o desafio,

Porque o nosso amor aquece o frio,

Que se completa no calor do beijo.

(fcunha lima)

Mais uma brilhante interação do poeta fcunha lima, obrigada poeta Fernando!!!

UM SONHO QUE SE FEZ VERDADE

É sono, é sonho que se fez verdade,

Fora do leito troca-se na rua

Um beijo que se esconde a luz da lua,

Uma certeza que se faz saudade.

Amanhecendo vem a claridade,

Que deixa a tua alma ficar nua,

Cobrindo a alma o corpo se insinua,

Pedindo o beijo na maior vontade.

A dúvida repercute como sonho,

Realidade que não tem tamanho,

Quer meu querer estar sempre contigo.

Porém precisa que se acredite,

Mas para acreditar de fato grite,

Este grito de amor que eu persigo.

(fcunha lima)

Obrigada poeta Fernando por mais uma lindíssima interação!

GRITO OU COCHICHO?

Ah! Este grito que a noite esconde,

Que vem bem do âmago do meu ser,

É um grito que confirma, podes crer,

Tão forte que nem sei, se esconde aonde?

No escuro da noite vem de onde?

Como este grito poderá crescer,

Fazendo parte deste meu querer.

E deste meu querer se achega donde?

Às vezes o grito torna-se um cochicho,

Soprado, devagar e no capricho,

Como sendo a brisa que se espelha,

Tenho certeza que ele te arrepia,

Mesmo que seja só na poesia,

Ele faz cócegas na tua orelha.

(fcunha lima)

Obrigada poeta Jacó Filho pela linda e inspirada interação!!!

REVIVENDO SAUDADES

Esse louco querer que de novo, sinto,

Com tua ausência na madrugada fria,

Gera a recordação, trazendo alegrias,

E que não te desejo, toda vez, minto.

As mãos enlouquecem sob a coberta,

Mas não te sentir destroça essa alma.

Então te imagino sem impor ressalva,

Vivendo o calor que o amor desperta.

A velha coruja, como quem adivinha,

Seu canto triste meu soluço esconde,

E o frio cortante meu peito consome,

Sabendo que sofro, ela se faz minha,

E tem sido assim, nas noites insones.

Só ouço a saudade dizendo teu nome...

(Jacó Filho)