As vezes tenho uma palavra predileta
Que homenageio quando escrevo ou falo
Sinto-a, parece, pisando no meu calo
Até transforma-la numa ode dum poeta.

Contudo, alguma palavra mais direta
Me causa tanta impressão que me abalo
E sei exatamente o que fazer, num estalo
E, dalguma maneira, me torno profeta.

Há as tais palavras nobres, ditas de truz
As quais, sinceramente, pesam como cruz
Mas, bem empregadas, meu soneto até brilha

Vates não são competentes, palavras sim
Não me refiro aos outros, falo por mim
Porque, cada palavra, uma maravilha.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 20/07/2017
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