A verdade oculta-se

Procuro, como Diógenes, a verdade
A qual, como dizem, deve ser a mais crua
Não, meio baça, como a baça luz da lua
Uma verdade clara, sem dubiedade.

Talvez ela contenha alguma crueldade
Que aguda, adentre a alma qual uma pua
Ou insidiosa, não diga o que insinua
Enquanto nossa mente ingênua invade.

Entendo que isso tudo é uma utopia
Contudo, sinceramente, eu a persigo
Como um cão persegue a caça, eu diria.

Desejo que a verdade esteja sim, comigo
E que ela então proteja a minha poesia
Tal como fora um formidável abrigo.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 23/07/2017
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