Buraco negro

Quando ouso pensar, o Infinito se levanta
O Cosmos, com galáxias que metem medo
Cuja magnitude astronômica parece tanta
Que, embasbacado, eu permaneço quedo.

Tão grande este universo na ponta do dedo
Que a qualquer imaginação menor espanta
Por conter em seu esconso algum segredo
Que tudo que pudermos conceber suplanta!

Mas com laico pensamento o infinito invado
Meu vaidoso peripatetismo assim determina
Trago para o racional esse tal Indeterminado.

Transpor horizonte de eventos é minha sina
Ante conglomerado galáxico não fico parado
Sou o buraco negro que mora ali na esquina
.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 27/07/2017
Reeditado em 18/11/2017
Código do texto: T6066576
Classificação de conteúdo: seguro