Morre então, outra vez, o porta-aurora

Morre então, outra vez, o porta-aurora

Nos limites vítreos de nossa mãe

Fosca treva cai remetendo a Pã e

Solidões passeiam madrugada afora

Se forço a noite aos orbes coloridos

Não vejo senão negro imóvel céu

Coberto por impenetrável véu

Faíscas não há, nem sequer ruídos

Na selva fantasma monocromática

Não vejo do leite gota nenhuma

E a dama argêntea, serena, persiste

Assim por toda volta sempre estática

Erro sem ter de guia estrela alguma

Mas sei que a luz por trás do vidro existe

Pedro Paz
Enviado por Pedro Paz em 31/07/2017
Código do texto: T6070104
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