Soneto da Eternidade

Condenada em gênese a ser-te amante:

Tornou-se o amor a mim tudo o que sou

És força motriz, guia inebriante

Ordena-me a divagação errante.

Pudera eu tangir a plena ciência

De seus mortais minutos em porvir

Sem em doce inocência permitir

Que naufragasse toda em tua essência.

Não obstante no presente o ar haurindo

Depois de intangíveis redemoinhos

A contemplar no íntimo d'outros ninhos

És toda tua minh'alma e pecado

E em infinita agonia morro em face

Do expectar pelo teu eterno enlace.

Nicolle Ramponi
Enviado por Nicolle Ramponi em 17/08/2017
Código do texto: T6086315
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.