Perdido em minhas moradas abissais

Perdido em minhas moradas abissais

Na imensidão d'um pélago obscuro

Ouvi de algum canto alguns múrmuros

De vozes excruciantes irracionais

Perdido como uma sombra no escuro

A transitar errante nos umbrais

Até me acostumar aos funerais

Até tornar-me os húmus dos monturos

Cativo na Geena, em uma tormenta

Amofinado das ofensas violentas

Tropeçando no escuro, a esmo

Vejo minha alma sepultada e morta

Nesse mundo que ninguém se importa

Nele reflete o reflexo de mim mesmo

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 20/08/2017
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