A esperteza do mosquito

No colo de Efigênia sempre quente

um mosquito cai desavisado

e sem demonstrar nenhum cuidado

no colo de Efigênia crava um dente.

Num ato de reflexo e de defesa

explode no mosquito a sua mão:

_ Tudo és mosquito, não és cão,

e agora tu serás a minha presa.

_ Pobre de mim! - diz o mosquito.

Então agora eu sou teu prisioneiro,

entretanto, bem feliz vos digo:

_ Faz-me o teu escravo derradeiro

que neste Monte Vesúvio eu fico,

pra sempre cheirando teu cheiro.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 25/08/2017
Reeditado em 08/01/2019
Código do texto: T6094564
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