Vida que vaga, vida que passa...

Vou voando, vagando como um vaga-lume

Iluminando as vertes escuras do meu coração

Vagando como uma folha que já não tem perfume

Vivendo feridas mordidas de uma paixão

Manso como um vaga-lume entre as folhagens

Que revela-se um mestre em desaguar a ilusão

Mas que vive vagando curtindo as paisagens

Que procura vago vagando um coração.

Amigo vaga-lume, meu amigo viajante

Seu piscar transluz vida a cada instante

Sua lucidez me encanta a alma, pirilampo...

Vou no facho aceso do teu corpo

Me guiando como um cego meio louco

Que vago vagueia pelos campos

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 17/08/2007
Reeditado em 10/09/2007
Código do texto: T611311