NAU PERDIDA

Peito meu um fraco embusteiro

Pelo mar das paixões sem cautela

Numa tempestade o vil trapaceiro

No jogo ondulado do ódio a querela.

Mudança de rumo no barco inteiro

Na fuga tenaz de uma árdua procela

Busca ilhas perdidas no seu veleiro

Lá no lugar onde o sol brilha na capela.

Não te faças de santo na tênue primazia

Na noite espantosa da treva sem paz

Na luz ausente que não me alumia.

Na fuga sem agulha, sem fanal, um capaz

Homem um dia verá a luta tocar o mordaz

Com a mão do Diabo que aqui serpenteia.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 17/08/2007
Reeditado em 17/08/2007
Código do texto: T611641