A um amigo Trovador
Que grande trovador é o Roberto!
Amigo, cuja voz encanta os bardos...
Mas como todos nós levamos fardos
Na vida, o seu deixou-lhe o peito aberto:
Rasgada a carne em chagas que liberto
Deixou-lhe o coração: uns olhos pardos
De uma “rosa em botão”... lançou-lhe os dardos
Do amor – e assim o fez bem encoberto!
Hoje vive de mágoa e de saudade
Morrendo a maldição da falsidade
Feito em menina que sangrou seu peito.
Canta hoje, triste e solitário
Cativo dessa dor – pobre canário! -,
Numa agonia que não tem mais jeito!...
(Roberto Barros-18/08/2007)