Metamorfoses
 
Quando não te perdoo é porque não me perdoei
Pelo conjunto da obra que foi e que sou.
O tempo foi passando mais do que se imaginou
Faço que esqueço; que não sei disso; ...Mas sei
 
...E não basta o desejo raso de evolução
Fortuitos apelos vistos e repetidos por aí
Quando, condicionada, a mente induzir
Ao conforto desconfortável da mesma opinião
 
O tempo machuca no ensino da progressão
Adiciona experiências aos poucos que irão diluir
Aos venenos letais, mesmo sem permissão!
 
Então, o que era para se ter já, nesta ocasião
Virá como o desarme do espírito o permitir
No mesmo ritmo tropego do perdão