Verso gelado

Nem ligo se meus versos de ilusão

Quando eu morrer vão ser arremessados

Na prateleira suja de um porão

Ou num casebre velho e abandonado

Que me importa lá que pelo chão

Exista até cupins enfileirados

Que roam se quiser o meu caixão

Os ossos, os meus nervos, meu passado

Passei no mundo feito uma canção

Um verso de amor sem emoção

Que nunca ninguém quis ver publicado

Se amei, amei por pura solidão

No fim me arrependi, pois, tal paixão

Deixou meu coração petrificado!

GILMA LAISA
Enviado por GILMA LAISA em 29/09/2017
Código do texto: T6128535
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