A teia 
 
...E o notório político tomou-lhe a palavra
Arrebanhou aos homens necessitados
Abocanhou suas crenças com dentes afiados
E, em terras do planalto, legisla com sua draga
 
...É a historia lado a lado com o poder
Como se, em cúmplice houvese transformado
Ou ainda fosse nossa a culpa de estarmos calados
Pelo voto dado a quem nem há como escolher
 
Decerto “forças terríveis” (por Jânio citado)
Demoverão o idealista que vier a se eleger
E o colará na teia que vivem a tecer
 
Somente agora, tarde, alguém teria ousado
O que o inconsciente coletivo vivia a dizer:
"Isso há muito existia e eu não queria ver"