ABRAÇO

Soneto

ABRAÇO

Ah! Como é gozada e cruel a minha vida...

Com essa emoção forte, assaz reprimida,

Tendo-a em meus braços, nesse forte abraço,

Que quisera eu, ser um nó e não um laço.

Mas nada há de certo que me contemple

Com outros afagos que venham depois.

Em razão das diferenças que nos cercam

Ou as emoções que traremos, prá nós dois.

Teu cheiro me consome, me alucina, me mata,

Por isso deveria estar distante de tí, menina,

Longe de teus olhos e dessa forte emoção.

Há quantos não nos víamos, quanto tempo?

Ainda assim, sensual e bela, em ti nada mudou...

Nem as batidas frenéticas de meu coração!

Urias Sérgio de Freitas.