Te vi e confiei na indiferença
Te vi e confiei na indiferença
Para guardar me de vã companhia
Em minha casca dura, oca e fria
Inalcançável em substância densa
Mas nesse breve olhar, eu não sabia...
...que havia num só gesto cousa imensa
Capaz de esfacelar as minhas crenças
E Iluminar a minha alma sombria
E agora que eu estou em tuas mãos
Malfadado de desejos vãos
Perigosamente vulnerável
Eu temo pois quem ama se entrega
Tal insensato a vagar as cegas
Na beira de um vulcão instável